quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Drummondiana 7: Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Margarida! Ah, a vida...
Drummondiana 6: O homem atrás do bigode é serio, simples e forte. Quase não conversa. Tem raros amigos. O homem atrás do bigode é sexo!
Drummondiana 5: Mundo mundo vasto mundo, a rima? Raimundo. Mundo mundo vasto mundo. Solução? Melhor apenas o coração.
Drummondiana 4: Meu Deus,por que me abandonaste se sabias q eu não era Deus,se sabias que eu era fraca,se sabias que eu encantava serpentes.
O ônibus passa cheio de pernas:pernas brancas pretas amarelas.Para que tanta perna pergunta teu coração.Porém meus olhos não perguntam nada.
Drummondiana 2: nós, mulheres, distância aos conhaques... Mas como gostamos da embriaguez!
Drummondiana: sete faces têm o meu poema, sete vezes sete quarenta e nove. Dou Deus em dobro. E o diabo na espera.

sábado, 21 de setembro de 2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Ouves Homero? Quem mais hás de ouvir? Toda voz é nau sem leme no Egeu.
Meu corpo é a minha memória. As mãos que o percorreram são rios que em desespero procuram o mar...
Os números ímpares são mais fortes, sozinhos sempre, nunca formam par. Números ímpares, como dos homens os corações... Tão díspares.
Ainda escutas a poesia? Curto circuito! Teus olhos tão sãos. Insistes a ti na minha direção...
Morrer não é difícil, tão frágil a vida. Palpita teu coração, palpita na minha direção...
As veias, todas azuis, minha pele transparente. Vês o meu cabelo? Esconde-te na noite escura.
Oh, o cuco do relógio! Tantos os pássaros livres. Que se desvie do meu corpo tua voraz seta.
Não sou a fuga, nem a caçadora. Uma imagem de Buda, lampejos, ilumina-se a noite, sonhadora...
Imagens febris do dia que se encerra, meu corpo quente, tu me esperas no teu copo, bares de sexta-feira.